domingo, 28 de novembro de 2010

Fazer o coração com a mão

Fazer o coração com a mão.
É uma forma de carinho? Um gesto sem segundas Intenções? Ou uma forma de ganhar votos apelando par uma simpatia? 

No nosso caso, como estamos acostumados aos exageros e apelos dos políticos, fica fácil cair nesse tipo encenação, além disso, nos reportamos à reprodução assistencialista. 
Nosso povo é carente e ingênuo, falta criticidade, ou seja, conhecimento e capacidade crítica.
Uma das marcas de sua campanha foi esse gesto. Recordei do populismo, fenômeno, segundo Aranha (2006), presente desde o Estado Novo, manipulava e controlava as massas. Essa manipulação se dava com a utilização de artifícios como o assistencialismo e o clientelismo, nos quais impera a demagogia exacerbada de seus governantes. Penso que a Dilma não precisava desse tipo de artifício... Espero que não estejamos diante de um retrocesso.

Na verdade, está na hora de crescermos. Uma coisa é clara, uma amiga outro dia me disse, não dá para colocarmos toda a responsabilidade nas mãos de um governante, ou seja, cada um precisa fazer sua parte.
Embora existam ainda situações das quais não podemos fugir: Cotas na Universidades para os negros; Bolsa Família; são ações que  geram polêmica, mas estamos diante de uma questão moral, não podemos dar as costas, é preciso ajudar e reparar o passado. Porém, os mais estruturados precisam mudar, cair na real de que dinheiro se ganha com trabalho honesto, que o meu direito termina onde começa o do meu próximo, e acima de tudo, acabar de vez com a "lei de Gerson". Só assim nosso país pode crescer.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3 ª ed. - Rev. e ampl. - São Paulo: Moderna, 2006.

Quem disse que os ingleses são evoluidos? Deu no jornal: O Globo

Exclusividade de países asiáticos? Nada! Uma organização no Reino Unido oferece “carne orgânica” de cachorros das raças labrador, greyhound, dachshund, beagle, chihuahua, collie, afghan… Hambúrgueres, salsichas, bifes e pedaços de carne estão sendo vendidos em trailers pelo país.

Os defensores da campanha da Animal Aid dizem querer entender por que certos animais não gozam da compaixão humana e acabam na panela – como boi, porco e galinha – e outros viram membros da família – como cachorro e gato.

Eu ainda acrescento, é o fim esse tipo de prática. Se comer carne como já se come, não é legal para ninguém, ou seja, todos perdem: o planeta, as pessoas, e principalmente os animais. Assim, fica pior ainda...
Já não basta o que existe... Ainda procuram outras alternativas.

Espero que essa moda não pegue por aqui... Quer dizer, infelizmente já pegou, embora na surdina. Aqui onde moro (São Paulo - região do Itaim Bibi) não dá mais para passear pelas ruas durante a noite com os nossos peludos... Sabem porque? Motoqueiros, em dupla, estão roubando nossos cachorros! Acredito que o fim dos bichinhos seja nas panelas dos restaurantes coreanos! É o fim...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

NÃO TER ONDE MORAR


Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro

A Professora Patrícia Alves de Amorim Percinoto e seu  aluno Fábio Henrique Silva Anjos, da EMEF Frei Antônio de Santana Galvão,  são semifinalistas na Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, Categoria Poema.  Ambos participarão da Oficina Regional que acontecerá na cidade de Fortaleza nos dias 08, 09 e 10 de novembro de 2010 e  reunirá todos os 125 professores e 125 alunos  semifinalistas da categoria Poema. Na oficina, os alunos semifinalistas reescreverão seus textos com o apoio de seus professores. Os textos originais e os aprimorados serão avaliados por Comissões Julgadoras Regionais, que escolherão os finalistas do programa. A etapa final será realizada em Brasília, onde serão escolhidos 5 poemas.

A Olimpíada é uma iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC)   e da Fundação Itaú Social (FIS), com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Na edição 2010, inscreveram-se 141.854 professores, de 60.123  escolas públicas, localizadas em 5.498 municípios do Brasil, com participação aproximada de 7 milhões de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

No poema, o aluno Fábio retrata a desapropriação da Favela da Torre, localizada no bairro do Jaçanã, em São Paulo.

Vejam que lindo:

NÃO TER ONDE MORAR

Eu moro em São Paulo.
Bairro do Jaçanã,
Terra de Adoniran.

Confusão na viela.
Nunca vi uma coisa daquela.
Em questão de instantes acabou a favela.

Muitos barracos no chão.
É hora da desapropriação.
E a população ?
Ficou sem eira, nem beira, nem chão,
Houve até manifestação.

Sem ter onde morar.
Fiquei sem lar.
A favela era o meu lugar!

Agora só resta a mudança.
Acreditar na esperança.
Ainda sou uma criança.
E espero a bonança.

Quero um mundo melhor.
E sair dessa pior.


Fábio Henrique Silva Anjos